sábado, 13 de outubro de 2012

Hino da Umbanda

Autor: José Manuel Alves

Ao cantar o Hino da Umbanda a mão direita deverá ser colocada sobre o coração, a pedido do autor.

"Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar
Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
 Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá !"

Hino da Umbanda
José Manuel Alves nasceu no dia 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, e desde cedo estava ligado à música. Na sua terra natal tocou clarineta. Segundo pesquisa realizada pela Fraternidade Luz do Caminho, o autor do Hino da Umbanda era deficiente visual de nascença e veio para o Brasil quando tinha cerca de 20 anos, se estabelecendo em São Paulo. Na capital paulista, José Manuel entrou para a banda Forca Pública, onde se aposentou como capitão.
Compositor reconhecido teve músicas de sua autoria gravadas por cantores conhecidos na época com as Irmãs Galvão, Grupo Piratininga, Osni Silva, Ênio Santos, entre outros. Em 1955, a marchinha ‘Pombinha Branca”, composta em parceria com Reinaldo Santos, foi grava por Juanita Cavalcanti. E ele compôs, ainda, xotes, valsinhas, baiões, maxixes e outros gêneros musicais de sua época, e realizou um sonho ao gravar o seu único LP, disco de vinil, em 1957.
A Umbanda chegou à vida de Luiz Manuel na década de 60, quando foi procurar a ajuda do Caboclo Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundador da Umbanda, para tentar curar a sua cegueira. Na Umbanda, o compositor soube que a sua cegueira era e origem cármica, não se abateu, mas ao contrário, caiu apaixonado pela religião e, nessa mesma época, em 1960, ele compôs o Hino da Umbanda. O Hino foi mostrado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou, e no 2º Congresso de Umbanda em 1961, a música foi oficializada Hino na 1ª Convenção do CONDU - Conselho Nacional Deliberativo de Umbanda em março de 1976.
“Segundo Mestre Marne, membro fundador do CONDU, que participou em 1976 da aprovação da obra de José Manuel Alves como Hino Oficial da Umbanda, no Rio de Janeiro – Hotel Glória, é importante que o Hino da Umbanda seja cantado com a letra e melodia corretas. Na hora da oficialização do Hino, foi perguntado ao Sr. Jerônimo Vanzeloti, presidente da Convenção do CONDU, se o compositor  iria cobrar direitos autorais de sua obra. Diante desse questionamento o Sr. Vanzeloti, foi conversar com J.M. Alves e o mesmo mandou o seguinte recado a todos os presentes: “Não vou cobrar nenhum tostão de direito autoral, só peço para manterem meu nome como autor”, porém proibiu que a letras de sua obra fosse mudada em sequer uma vírgula e que toda vez que forem cantar o Hino da Umbanda, a mão direita deverá ser colocada sobre o coração”.
 Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, “Saravá Banda” gravado em 1961 por Otávio de Barros, “Prece a Mamãe Oxum” gravado em 1962 pela cantora Maria do Carmo. Além destes temos: “Pombinha branca” (com Reinaldo Santos), “Ponto de Abertura” (com Terezinha de Souza e Vera Dias), “Ponto dos Caboclos”, “Prata da Casa”, “Prece a Mamãe Oxum”, “Xangô Rolou a Pedra”, “Xangô, Rei da Pedreira”, “São Jorge Guerreiro”, “Saravá Oxóssi”, “Homenagem à Mãe Menininha” (c/ Ariovaldo Pires), Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.

 

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