segunda-feira, 17 de março de 2014

                                            

                                           O seu mundo só muda quando você muda...

É impressionante como se perde tempo com seminários e workshops para pretenderem resolver os problemas do mundo num final de semana. É impressionante como as soluções continuam sendo buscadas fora do homem, como se o mundo precisasse mudar, não as pessoas.

A mudança é um fenômeno espiritual. Uma revolução só é possível na alma de uma pessoa. A revolução social é um falso fenômeno, porque a sociedade não possui alma própria. Não pode haver revoluções políticas, sociais, nem econômicas, a única revolução é a do espírito, e ela é individual. E se milhões de indivíduos mudarem, então a sociedade irá mudar em conseqüência disso, mas não o contrário.

É necessário e urgente que cada um faça uma faxina geral em seu coração. Os entulhos emocionais que carregamos pela vida afora são a causa primária de todas as doenças. Cada ser humano constrói na própria mente e no próprio coração o paraíso que o elevará ou ao inferno que o rebaixará.

Precisamos fazer todo dia o exercício da compaixão, olhando os nossos semelhantes com a mesma tolerância que reservamos para os nossos filhos. Um criminoso comete um delito e imediatamente queremos vê-lo para sempre atrás das grades. O que acontece quando um filho nosso comete o mesmo delito? Nós o acolhemos, cercando-o de cuidados. Ninguém pensa em chamar a polícia. Tentamos de todas as formas evitar o seu sofrimento. É desse mesmo jeito que precisamos agir com todos à nossa volta.

E ninguém precisa ser um mestre iluminado para praticar a bondade. Basta enxergar o nosso próprio filho em cada pessoa que se aproxima de nós. Basta enxergar o Cristo em cada pessoa que nos pede ajuda. Basta abrir o coração e abençoar tudo o que nos acontece, porque tudo se desdobra perfeitamente.

Ouvi de um professor de Yoga esta pérola: “Abra seu coração antes que um cirurgião o faça.” Isso equivale dizer: livre-se das mágoas e ressentimentos, esqueça o passado, liberte-se das expectativas quanto ao futuro, porque a vida é essa coisa que acontece agora, no presente. É como uma bolha de sabão que se dissolve de um instante para outro. 

Considero sete atitudes fundamentais para se ter uma vida plena:

Primeiro: Entender que todo mundo erra. Os erros fazem parte da construção dos nossos acertos. Devemos ser condescendentes com eles e nos perdoar sempre.

Segundo: Todos, sem exceção, estão querendo acertar. Eu, você e o pior dos criminosos, queremos a mesma coisa: felicidade! E para alcançar a felicidade, cada um usa os meios que conhece.

Terceiro: Todo mundo faz o melhor que pode. Cada um age de acordo com a sua própria percepção do meio em que vive e do nível de compreensão naquele momento.  Isso quer dizer que todos nós, se soubéssemos como, teríamos feito de forma diferente quando erramos.

Quarto: Guardar ressentimento é uma atitude insana. Aquela pessoa a quem dirigimos nossos pensamentos de raiva ou rancor não está sofrendo com isso. Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que o outro morra.

Quinto: O ego é o único inimigo que existe, e ele mora dentro de nós, não adianta buscá-lo do lado de fora. O ego reduz as pessoas, empobrece a vida, nos afasta da Divindade latente em nós.

Sexto: Quando libertamos as pessoas de nossas expectativas, paramos de falar em ingratidão, deslealdade e todas essas coisas construídas por nós mesmos quando lançamos expectativas demais sobre as pessoas.

Sétimo: Ame-se! Apaixone-se por você porque é do amor por nós mesmos que surgem todos os outros amores.A gente só pode dar aos outros aquilo que conhecemos e que tem disponível para consumo próprio.

Clarice Lispector tinha uma receitinha básica para o sucesso na convivência humana: “Estou dando a você a liberdade. Antes rompo o saco de água, depois corto o cordão umbilical. E você está vivo por conta própria. Escuta: eu te deixo ser, deixe-me ser então”.


Autoria: Jane Mary

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