O
seu mundo só muda quando você muda...
É impressionante como
se perde tempo com seminários e workshops para pretenderem resolver os
problemas do mundo num final de semana. É impressionante como as soluções
continuam sendo buscadas fora do homem, como se o mundo precisasse mudar, não
as pessoas.
A mudança é um
fenômeno espiritual. Uma revolução só é possível na alma de uma pessoa. A
revolução social é um falso fenômeno, porque a sociedade não possui alma
própria. Não pode haver revoluções políticas, sociais, nem econômicas, a única
revolução é a do espírito, e ela é individual. E se milhões de indivíduos
mudarem, então a sociedade irá mudar em conseqüência disso, mas não o
contrário.
É necessário e
urgente que cada um faça uma faxina geral em seu coração. Os entulhos
emocionais que carregamos pela vida afora são a causa primária de todas as
doenças. Cada ser humano constrói na própria mente e no próprio coração o
paraíso que o elevará ou ao inferno que o rebaixará.
Precisamos
fazer todo dia o exercício da compaixão, olhando os nossos semelhantes com a
mesma tolerância que reservamos para os nossos filhos. Um criminoso comete um
delito e imediatamente queremos vê-lo para sempre atrás das grades. O que
acontece quando um filho nosso comete o mesmo delito? Nós o acolhemos,
cercando-o de cuidados. Ninguém pensa em chamar a polícia. Tentamos de todas as
formas evitar o seu sofrimento. É desse mesmo jeito que precisamos agir com
todos à nossa volta.
E ninguém
precisa ser um mestre iluminado para praticar a bondade. Basta enxergar o nosso
próprio filho em cada pessoa que se aproxima de nós. Basta enxergar o Cristo em
cada pessoa que nos pede ajuda. Basta abrir o coração e abençoar tudo o que nos
acontece, porque tudo se desdobra perfeitamente.
Ouvi de um
professor de Yoga esta pérola: “Abra seu coração antes que um cirurgião o
faça.” Isso equivale dizer: livre-se das mágoas e ressentimentos, esqueça o
passado, liberte-se das expectativas quanto ao futuro, porque a vida é essa
coisa que acontece agora, no presente. É como uma bolha de sabão que se
dissolve de um instante para outro.
Considero sete
atitudes fundamentais para se ter uma vida plena:
Primeiro: Entender que todo mundo erra. Os erros fazem
parte da construção dos nossos acertos. Devemos ser condescendentes com eles e
nos perdoar sempre.
Segundo: Todos, sem exceção, estão
querendo acertar. Eu, você e o pior dos criminosos, queremos a mesma coisa:
felicidade! E para alcançar a felicidade, cada um usa os meios que conhece.
Terceiro: Todo mundo faz o melhor que
pode. Cada um age de acordo com a sua própria percepção do meio em que vive e
do nível de compreensão naquele momento. Isso quer dizer que todos nós,
se soubéssemos como, teríamos feito de forma diferente quando erramos.
Quarto: Guardar ressentimento é uma
atitude insana. Aquela pessoa a quem dirigimos nossos pensamentos de raiva ou
rancor não está sofrendo com isso. Guardar ressentimento é como tomar veneno e
esperar que o outro morra.
Quinto: O ego é o único inimigo que existe, e ele mora
dentro de nós, não adianta buscá-lo do lado de fora. O ego reduz as pessoas,
empobrece a vida, nos afasta da Divindade latente em nós.
Sexto: Quando libertamos as pessoas de
nossas expectativas, paramos de falar em ingratidão, deslealdade e todas essas
coisas construídas por nós mesmos quando lançamos expectativas demais sobre as
pessoas.
Sétimo: Ame-se! Apaixone-se por você
porque é do amor por nós mesmos que surgem todos os outros amores.A gente só
pode dar aos outros aquilo que conhecemos e que tem disponível para consumo
próprio.
Clarice
Lispector tinha uma receitinha básica para o sucesso na convivência humana:
“Estou dando a você a liberdade. Antes rompo o saco de água, depois corto o
cordão umbilical. E você está vivo por conta própria. Escuta: eu te deixo ser,
deixe-me ser então”.
Autoria: Jane Mary
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